Professor alerta sobre os riscos do retorno às aulas em Pernambuco




O retorno às aulas é sem dúvidas a etapa mais difícil do chamado “novo normal”, e esse é um debate que está sendo travado em todos os recantos do planeta. Os países que se arriscaram a retornar sem um planejamento bem elaborado e rigoroso, o aumento dos casos de contaminação fizeram com que tivessem que dar macha a ré.


Quem conhece bem o ambiente escolar sabe o quanto os jovens gostam de estar sempre próximos uns dos outros, muitos dele gostam de se sentar lado a lado, de estarem se abraçando ou cumprimentando. Então, podemos dizer que a escola é um ambiente de intenso contato social e emocional.

No estado de Pernambuco, a estimativa é de que o público escolar represente cerca 25% da população. Um número significativo e que deve ser levado em consideração, quando a ‘discutível’ decisão de retomar as aulas presenciais forem tomadas.

É bem verdade, que grandes grupos empresariais, que controlam escolas e faculdades particulares no estado, além de um seleto grupo de pais que nunca comparecem a um plantão pedagógico, aqueles pais que não educam e nem se relacionam com os filhos, e por isso literalmente empurram para escola, estão pressionado o governo do estado para que aulas presenciais retornem com urgência.

O estado por sua vez fala em um protocolo de segurança para o ensino público que apenas contempla a distribuição de máscaras, de álcool em gel, em distanciamento de mesas nas salas de aula, de aferidores de temperatura, mas não se fala da aplicação de testes rápidos, da substituição dos profissionais da educação que fazem parte dos grupos de risco.

Ao mesmo tempo, não se fala da contratação de mais educadores para que as turmas sejam divididas sem que não ocorra prejuízo na aprendizagem de toda a comunidade escolar, nem tão pouco de profissionais para monitorarem os estudantes nos da entrada e saída, assim como, nos intervalos para o lanche, ou quando os jovens forem ao banheiro. Ou seja, não existem propostas concretas para evitar que a pandemia se espalhe pelo ambiente escolar e chegue as casas de dezenas de famílias da zona urbana e rural .

ABISMO

A verdade é que a pandemia mostrou a imensidão do abismo existente na educação brasileira, muitos alunos sequer possuem um celular ou internet para acompanhar as aulas remotas ( online). Esse é um ano praticamente perdido para educação do Brasil e para milhares de jovens, faltaram investimentos na educação e politicas públicas emergências capazes de amenizar as diferenças existentes. É triste constatar que caminhamos para o maior percentual de desistência estudantil da história do país. Não teremos como avaliar os alunos de forma igualitária, pois a educação vai ter que ser inclusive e construtiva.

No entanto, o pior cenário é o do retorno precoce, isso pode levar o Brasil a uma segunda tragédia, que pode ceifar a vida de promissores talentos e de profissionais da educação de alto nível. Entã, antes de se pensar em voltar é preciso refletir sobre a seguinte indagação: de fato a escola é E será um lugar seguro para a convivência de estudantes, professores e demais funcionários?

Via:https://faroldenoticias.com.br

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