Michelle Bolsonaro (PL) passou a ser tratada pelos bolsonaristas pela primeira vez como possível candidata à Presidência da República. A intenção inicial do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) era lançar a esposa ao Senado pelo Distrito Federal, no entanto, a ex-primeira-dama mergulhou de vez na articulação política do PL.
Segundo a coluna de Paulo Cappelli no portal Metrópoles, aliados de Bolsonaro avaliam que os discursos de Michelle em diferentes manifestações mostram que ela 'amadureceu', já que antes se dirigia apenas a segmentos específicos, como o evangélico. Michelle também aparece bem posicionada nas intenções de voto ao Planalto em diferentes pesquisas.
Dentre os entusiastas com a sua candidatura estão Silas Malafaia e a dirigente nacional do PP e vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão. Aliados argumentam que por Michelle ser mulher teria vantagem nos debates à Presidência, pois os candidatos homens teriam que se policiar ao se dirigir a ela para não serem considerados agressivos.
A recente pacificação com Carlos Bolsonaro, com quem não se dava bem, após o deputado Eduardo Bolsonaro se autoexilar nos Estados Unidos alegando sofrer perseguição política, também conta a favor de Michelle.
No entanto, o nome de Michelle não é consenso entre os partidos que apoiam o ex-presidente Bolsonaro como Republicanos, PSD e MDB. O mercado financeiro tem preferência por Tarcísio de Freitas (Republicanos), mas, o governador de São Paulo tem dito que será candidato à reeleição no estado.