A Polícia Federal cumpriu nesta sexta-feira (18/7) dois mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro – na casa dele, no Jardim Botânico, e no escritório político, na sede do PL, os dois em Brasília. Além disso, o ex-presidente foi submetido a medidas cautelares diversas da prisão, como o uso de tornozeleira eletrônica.
A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, em uma investigação recente e sigilosa (Pet 14.129), aberta no dia 11 de julho de 2025. A investigação está em sigilo.
A operação ocorre um dia depois do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicar em uma rede social uma carta de apoio a Jair Bolsonaro dizendo que o ex-presidente está recebendo um “tratamento terrível” em um sistema “injusto” e, portanto, o julgamento deveria acabar imediatamente. “E minha sincera esperança que o Governo do Brasil mude de rumo, pare de atacar os opositores políticos e acabe com esse regime ridículo de censura”. Trump também reiterou que vem dizendo a sua desaprovação tanto publicamente quanto por meio da política tarifária.
O presidente dos Estados Unidos tem feito uma ofensiva contra o julgamento da ação penal em que Bolsonaro é réu por ser apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como líder de uma tentativa de golpe de estado no Brasil, em 2022. Na segunda-feira (14/7), o PGR, Paulo Gonet, apresentou as alegações finais pedindo a condenação de Bolsonaro.
