A mobilização de caminhoneiros convocada por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro e por parlamentares como o senador Cleitinho Azevedo (PL-MG) não resultou em paralisação das rodovias federais nesta quinta-feira (4). Apesar das chamadas para uma greve nacional, o movimento não ganhou corpo entre os caminhoneiros.
De acordo com a PRF (Polícia Rodoviária Federal), não há registros de bloqueios ou interrupções em nenhum ponto do país. Nas redes sociais, motoristas mostraram o tráfego fluindo normalmente em rodovias de grande movimento, como a BR-040 e outros corredores de carga.
Em nota, a PRF informou não ter recebido qualquer comunicação formal sobre greve, destacando que o Artigo 95 do Código de Trânsito Brasileiro exige autorização prévia da autoridade responsável para qualquer evento que possa restringir o fluxo de veículos ou pedestres.
Ainda segundo o órgão, equipes mantêm o monitoramento diário dos 75 mil quilômetros de rodovias federais, sem alterações relevantes no fluxo.
Movimento sem consenso
Entre caminhoneiros, há relatos de que parte dos divulgadores da mobilização tentou atribuir caráter trabalhista ao ato, mas sem respaldo prático.
A ausência de assembleias ou definição formal de pautas reforçou a percepção de que o movimento não seguiu o rito necessário para ser reconhecido como greve.
